Exposição excessiva a telas pode reduzir capacidade motora de crianças

Exposição excessiva a telas pode reduzir capacidade motora de crianças

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Não é novidade alguma que as nossas crianças estão cada vez mais adeptas às telas.

Celulares, tablets, computadores e TVs vêm tomando o lugar das brincadeiras que nós das gerações 90, 80 e as anteriores tanto gostávamos.

Brincadeiras essas com uma incrível capacidade de envolver atividade física, raciocínio, integração social, trabalho em equipe e tantas outras competências.

Até que ponto essa “substituição” é válida?

Com o advento da pandemia do coronavírus no Brasil e a suspensão das aulas, devido ao isolamento social, houve um crescimento exponencial do uso da tecnologia pelas nossas crianças, o que é justificado pela limitação das atividades sociais e também pelas aulas online.

Pesquisadores relatam que as crianças (na sua maioria) aumentaram o uso desses equipamentos de 3 horas diárias para 6 horas diárias nos últimos meses.

Confesso que o número pré-pandemia me assustou muito. Na verdade, me levou a reflexões que poderíamos discutir aqui em um outro momento.

Após a leitura da pesquisa realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), sobre a exposição excessiva às telas de computador, televisão, celular tablet ou videogame passei a policiar ainda mais os meus filhos com relação ao uso desses equipamentos.

O que me chamou mais atenção nesta pesquisa foi que o grupo de crianças (total de 900) que participaram tinham de 4 a 6 anos(idade pré-escolar). Uma idade, na minha concepção, decisiva na formação da personalidade do indivíduo.

Mais  de 55% das crianças avaliadas faziam as refeições diante das telas e 28% passavam longos períodos utilizando mídias de tela.

Não é de se assustar que essas crianças têm as suas habilidades motoras comprometidas.

Atividades simples como: manusear objetos, andar em linha reta, pular, ficar na ponta dos pés, imitar gestos, ter a noção de direita e esquerda, repetir frases e reproduzir estímulos visuais e auditivos não são tão simples assim para essas crianças.

Como ficam horas diante das telas, tendem a não se movimentar e apresentam habilidades motoras pobres. Penso o quão isso é comprometedor , pois nesta idade as crianças estão justamente no auge do desenvolvimento psicomotor, social e cognitivo.

Tal pesquisa também revelou os problemas de insônia desenvolvido por essas crianças, além de vários problemas de saúde físicos e mentais que podem vir a ser desenvolvido num futuro próximo.

Trazendo tais informações para o meu campo familiar, observando os meus filhos (5 e 7 anos) posso dizer que estou tranquila.

Sim, eles estão ficando mais tempo diante das telas. Porém, nada que ultrapasse (neste período de isolamento) 2 a 3 horas diárias (incluindo atividade escolar e entretenimento).

Em tempos normais, não ultrapassa 1 hora diária.

“Nossa! Quem me dera meus filhos se satisfazerem com poucas horas como os seus, Livia!”

Oras, não é questão de se satisfazerem. São regras impostas por nós pais. E não há negociação.

Simples assim? Não mesmo.

Fácil é deixá-los a vontade diante das telas, pois dessa maneira ganhamos horas de “sossego”. Tão fácil, quanto cruel.

Venho ratificar que educar dá muito trabalho. Se está leve é bom rever, pois certamente há muitos ajustes a serem feitos.

Convido vocês pais a refletirem sobre isso. Não se trata apenas de disciplina com relação ao que podem, quando podem e por quanto tempo podem.

Trata-se além disso da preservação do desenvolvimento físico, psíquico e social dos pequenos e que vão influencia- los por toda a vida.

E vamos combinar? Existem telas mais preciosas do que os acontecimentos bons do dia-a-dia, abraços, beijos, brincadeiras e boas conversas?

A tecnologia é fantástica! Devemos usá-la sim. As crianças também, claro!

Porém, por amor a eles, vamos policiar e com firmeza impor os limites necessários!

Até a breve, caros leitores!

Até muito breve!

Lívia Baeta.


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