A escola faz parte de mim e eu dela desde minha tenra e modesta infância.

Além de todo o aprendizado inerente ao conteúdo técnico programático, existe uma profunda memória afetiva ligada a esse período regado por um turbilhão de sentimentos que a vida escolar me proporcionou.

Pensando no processo de aprendizagem em si, é notório o quão a participação efetiva dos pais em tal percurso é um divisor de águas no futuro das crianças e jovens.

É comprovado que quando eles  sentem o real interesse dos pais ou responsáveis pelas suas atividades e experiências escolares se tornam adultos com maior auto-estima, auto-confiança e sobretudo um autoconhecimento indispensáveis para um convívio social sadio e uma visão real de si mesmos.

Assim que, quando crianças, temos o primeiro contato com a escola, levamos conosco um leque de experiências advindas de contatos anteriores, de contatos sociais prévios. Sem dúvidas, o maior e mais importante deles é a relação com os nossos pais ou responsáveis.

Na escola, tal convívio terá como significado para as crianças e jovens uma ampliação em suas esferas de relações. Pensando nesse  aumento no número de relações, seja com os colegas da mesma idade e também com os adultos que não fazem parte da sua família  e sabendo que essas crianças e jovens irão compartilhar naturalmente grande parte das suas vidas extra-escolares com tais pessoas  torna-se ESSENCIAL e INDISPENSÁVEL o acompanhamento do desenvolvimento educacional dos filhos por parte dos pais e responsáveis.

Tal ação garante a esse grupo,  o aumento das suas habilidades sociais ao mesmo tempo em que reduz a probabilidade de futuros problemas comportamentais.

O envolvimento familiar nas atividades escolares amplia a facilidade das crianças e jovens de estabelecerem novas amizades. Quando os pais se propõem a visitar, a conversar sobre a escola, se envolvem com as lições e trabalhos, ou seja, interagem intensamente com os filhos no  quesito Escola (em casa) estarão promovendo e intensificando o progresso educacional e as habilidades sociais dessas crianças e jovens.

A participação e engajamento familiar na Escola é algo estupendo para a formação de adultos com maior autocontrole, inteligência emocional bem sedimentada e comportamento cooperativo baseado na empatia.

É  importante que os pais ajudem a criança e o jovem  a terem um olhar mais positivo para a escola.

Para tal, pais e responsáveis, devem ir a escola para aplaudir os filhos,  os prestigiarem em eventos , estimular, incentivar, encorajar.

Afinal, carregamos a crença limitante de que a presença dos pais na escola é motivo de repreensão, castigo e cobrança.

É chegada a hora de aproveitar as oportunidades que a escola oferece.

É chegada a hora de confiarmos e conhecermos, de fato, nossas crianças e jovens, e gratuitamente, recebermos deles: confiança, responsabilidade e disciplina.

Se isso é fácil? Oras, criar uma criança pode até ser fácil, mas educar não é. No entanto, é um processo em que a criança e o jovem, a família e a escola só têm a ganhar.

De fato, uma trajetória repleta de vencedores, afinal o movimento unilateral da família e escola, baseando a educação com os mesmos critérios, reduz as diferenças entre os dois meios, abrindo o caminho para uma vida adulta baseada em valores indispensáveis a pessoas do bem, de caráter e inclinadas ao sucesso.Findo este texto tal como o iniciei: com um quê de nostalgia e uma sensação enorme de gratidão às minhas escolas, aos meus mestres e , sem dúvidas, aos meus pais pela confiança e motivação de sempre.

Lívia Maria Baeta de Paula Jesus

Graduada em Farmácia pela UFOP, pós graduanda em psicopedagogia e psicanálise, educadora nos cursos de Atendente de Farmácia e Drogaria, Inglês e palestrante em Formação Profissional.

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