Não há uma ponta de consideração no que escrevo. Degeneração pura. Isso vem de ponta a ponta. Em carecendo de nominação, pode ser ponta de terra e nem chega próximo. Ponta do dia é mero recurso. Ela anda enfurretada. Pôr remendo nas almas não dissolve o rancor de quem anda recurvado sobre si mesmo. A misantropia é bem- vinda. A misantropia é absoluta, necessária. Não existe contrição que possa curar. Curandeiro de meia – pataca e filósofo não habitam minha morada. Depauperado estou vendendo minhas palavras. Cada frase é falso degelo; fusão do gelo, insistência, teimosice, imitação do mundo todo.
Sílvio Lopes de Almeida Neto
Escritor e advogado
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