Mãe de menino que morreu após cair de toboágua diz que clube não avisou que brinquedo estava desativado: ‘Perdi meu anjo’

Mãe de menino que morreu após cair de toboágua diz que clube não avisou que brinquedo estava desativado: ‘Perdi meu anjo’

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A mãe do menino David Lucas de Miranda, de 8 anos, que morreu após cair de um toboágua em Caldas Novas, disse que nenhum funcionário do clube avisou que brinquedo estava desativado e que não tinha placas de alerta de perigo no local.

Ninguém falou nada que estava desativado. Um parque voltado para crianças e não tinha segurança para impedir uma criança de subir uma escada? Perdi meu anjo”, desabafou aos prantos Jaqueline Rosa.

O brinquedo estava fechado para manutenção, segundo o delegado Rodrigo Pereira, que está investigando o caso. O clube DiRoma, dono do parque aquático, disse que a área estava isolada por tapumes.

A criança morreu horas depois de subir no brinquedo e cair diretamente no chão, de uma altura aproximada de 15 metros.

O grupo DiRoma disse em nota, nesta terça-feira (15), que não tem conhecimento do laudo que está sendo produzido pela perícia da Polícia Civil. “Nos pronunciaremos quando o documento for oficialmente entregue”, diz a nota. Em um comunicado de segunda-feira, o parque aquático disse que havia tapume na área onde ocorreu o acidente (veja a íntegra ao final).

Como foi a queda

A perícia da Polícia Técnico-Científica (PTC) disse que o menino subiu pelas escadas até o topo do brinquedo, onde fica a plataforma de início do toboágua. Neste local ficam as entradas para os escorregadores: um vermelho, um branco e um azul. Apenas um deles estava com a estrutura de plástico montada.

A perita Kathia Mendes Magalhães acredita que a criança tentou escorregar pelo tubo azul, que estava somente com o início da estrutura montada. Após entrar no escorregador e começar a descer, o menino se deparou com a falta do plástico e caiu em queda livre até o chão.

Antes de se chocar contra o chão, Davi Lucas bateu o corpo na estrutura de ferro do brinquedo aquático, o que deixou marcas, segundo a perícia.

Manutenção

A perita Kathia Magalhães disse que o clube não informou há quanto tempo o brinquedo aquático estava fechado para manutenção. No entanto, a profissional acredita que a manutenção não é recente.

“A manutenção não é recente pelo que a gente viu na estrutura de tapume na lateral. O clube ainda não nos passou essa informação”, ressaltou a perita. Toboágua Vulcão

A Polícia Técnico-Científica apurou que o toboágua era feito para pessoas de até 100 kg e com no mínimo 1,1 metro de altura. Portanto, se estivesse funcionando, a criança estaria dentro dos limites adequados para brincar.

Ainda segundo a corporação, os usuários desceriam deitados com os braços cruzados sobre o peito. No entanto, a velocidade da descida não pôde ser calculada porque não havia água no brinquedo.

A perícia também observou que a escada era de frente a uma área aberta e movimentada. Além disso, não havia nenhuma barreira fechando a entrada da escada.

Veja a íntegra da nota do Grupo DiRoma:

“O Grupo DiRoma vem publicamente lamentar e prestar profunda solidariedade à família da criança que tragicamente se acidentou nas dependências do nosso complexo.

A área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias.

O espaço, bem como todo nosso complexo, é vistoriado com rigor pelo Corpo de Bombeiros e possui todos os alvarás e licenças emitidos pelas autoridades competentes.

Em cinquenta anos de história e tradição, o Grupo DiRoma nunca sofreu uma tragédia dessa magnitude.

As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pela Polícia Civil.

Estamos consternados, colaborando com as autoridades, oferecendo total suporte à família nesse momento de luto”.

Fonte G1


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