A cada eleição a matemática eleitoral, baseada nos quocientes eleitorais, prega uma peça em candidatos muito votados. Nesta eleição, a maior vítima desse sistema foi a candidata a vereadora por Lafaiete, Selma Rocha (PSDB), esposa do ex-deputado e ex-prefeito, José Milton.
Apesar de ter tido a maior votação entre os mais de 300 postulantes ao cargo, ela não garantiu uma cadeira no legislativo municipal.
![](https://correiodeminas.com.br/wp-content/uploads/2020/11/vereadora-selma-rocha.jpg)
Selma alcançou a marca de 1.774 votos, mas seu partido, o PSDB, com apenas quatro candidatos, não conseguiu alcançar o quociente eleitoral de 5.040 para ter direito a uma vaga no Legislativo. O cálculo é feito de forma simples: toma-se a quantidade total de votos válidos (excluindo-se os votos brancos e nulos), que é dividida pela quantidade de cadeiras na Câmara Municipal.
No caso do PSDB, a soma dos votos dos candidatos a vereador ficou em 2.341. Para que Selma fosse eleita, seria necessário que ela tivesse mais 2.699 votos ou que essa votação fosse diluída entre os candidatos tucanos.
Segunda rasteira
![](https://correiodeminas.com.br/wp-content/uploads/2020/11/arlindo-leiteiro.jpg)
Apesar de ser o exemplo mais significativo de como a matemática eleitoral pode dar uma rasteira no candidato, a médica não foi a única vítima. A mesma situação ocorreu com o postulante Arlindo Leiteiro (PL) que chegou 978 votos. Ele teve mais votos do que 8 eleitos.
No caso dele, é a segunda vez que, mesmo com uma votação considerável, ele não chega à Câmara de Lafaiete. Desta vez, o partido pelo qual ele concorreu conseguiu fazer uma vaga, que ficou com o vereador André Menezes (PL), o segundo mais votado, com 1.425 votos.