Como perceber que um relacionamento chegou ao fim?

Como perceber que um relacionamento chegou ao fim?

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Desde o artigo da semana passada, em que o tema “Amor x Apego”, foi abordado fiquei refletindo: Será como perceber que um relacionamento chegou ao fim?

Afinal, quantos de nós vive insistindo em uma situação que já não existe de verdade há algum tempo? Somos muitos!

Em um mundo ideal, ninguém precisaria passar pelo desgaste emocional que é o fim de um relacionamento, seja namoro ou casamento. Mas não creio que nós, caros leitores, estejamos imersos em um mundo ideal. Deixemos isso para os contos de príncipes e princesas. Contos esses, por vezes, de péssima influência para a formação emocional, moral e crítica de nossas crianças (tema para outro artigo).

Pois bem, vamos para a vida real? Aqui começa uma explosão de sensações que vão desde estados de felicidade até momentos de profunda tristeza.

A vida real é instável. Sentimentos e atitudes mudam. Términos são inevitáveis.

E identificar que uma relação chegou ao fim (ainda que haja muita dor) é uma forma de prevenir sofrimentos gigantescos e dramáticos, além de possíveis abusos e o começo de ciclos viciosos cujos finais dispensam o clichê “felizes para sempre”.

Podemos perceber que quando um casal está bem, a sintonia fina que os envolve funciona tanto para os bons quanto para os maus momentos. Até mesmo os movimentos corporais anunciam se faz sentido ou não estarem ali, um ao lado do outro.

Essa realidade é difícil de ser vista, reconhecida e encarada.

O momento de romper uma relação não chega do nada, e sim após um ponto de inflexão.

Podemos ter várias percepções do fim, porém elas, muitas vezes, não são tão conscientes e até mesmo tendem a ser esquecidas, afinal trazem medo, frustração e o “desencanto” do que era para nós o “ideal”.

O que devemos rever de fato são os sinais claros que definem se é hora de dizer adeus ou se podemos trabalhar o problema em questão e seguir em frente.

Uma das questões que mais observo  é o fim da confiança mútua. De fato, estar com alguém que rompeu com a nossa confiança pode gerar uma insegurança que não contribui em nada para uma relação saudável, salvo em situações onde o restabelecimento da confiança é verdadeiro (sim, isso acontece).

A ausência de cumplicidade também é um fator que denota distanciamento. Um casal bem e feliz, inconscientemente se toca, se aproxima, se olha e se apoia.

Outro fator a ser analisado é quando o casal está em uma dinâmica tóxica. Costuma- se falar de pessoas tóxicas, mas muitas vezes o problema não é a pessoa em si, e sim a dinâmica tóxica em que o casal parece se perder e da qual já não sabem como sair, para deixar de machucar um ao outro.

Nesses casos, não raramente, observarmos agressividade, falta de respeito, abusos, mas também pode ser uma confirmação de codependências e papéis que acabam por destruir o casal.

Uma ressalva: agressões e abusos indiscutivelmente são mais que motivos para o término imediato.

Se percebemos que na nossa relação não há congruência nos planos de vida, se os sonhos já não estão tão alinhados como antes, ou seja, as perspectivas de vida mudam e podem já não coincidir, é melhor sermos sinceros conosco e com a outra pessoa antes de se arrepender para sempre.

Um casal, para ser denominado como tal, deve ser formado por duas pessoas (se entregando integralmente, ainda que a individualidade seja respeitada) e ambas devem ter a mesma responsabilidade, esforço, dedicação e cuidado nesse compromisso. Buscarem a evolução juntos. Olharem para o mesmo norte. Se um de nós se dispersa e o outro segue adiante corremos o risco de nos perdermos, afinal estaremos em patamares diferentes, o que pode significar o fim.

O sexo (e a falta dele) também pode ser danoso para uma relação. A sexualidade entre um casal deve  ser uma forma de união, de consenso, de cumplicidade, de entrega,  de conversa de sentirem-se plenos e em conexão. Se a questão sexual  pode levar ao término de uma relação? Claro. Se o assunto já não é mais posto em pauta, pode ser o estupim para uma “fugidinha” de ambas as partes. Falar sobre esse assunto sem tabus é saudável e necessário.

Por fim, cito como uma das melhores formas de perceber que é chegado o momento de se findar uma relação quando notoriamente o amor acabou.

Ainda que a pessoa se empenhe em trabalhar muito a relação e em fazer a sua parte, nem sempre somos donos dos sentimentos próprios e muito menos dos alheios. Por isso, às vezes o amor simplesmente acaba, pelo menos, para uma das partes. Ou para ambas. E essas despedidas são as mais difíceis, porque sempre resta o carinho e o medo de machucar.

Mas é preciso vencer esse medo. É preciso dar o primeiro passo. Reconhecer que acabou. Pararmos de nos esconder, de fingir aparências. Libertarmo-nos sem culpa e sem apego.

Faz-se necessário reconhecer o fim de uma relação e tomar providências para que o ciclo seja fechado. E com isso, certamente muitas janelas vão se abrir para  nos lembrar que sempre há tempo para voltar a se apaixonar.

Coragem!

Amor próprio!

Até breve! Até muito breve!

Gratidão! Lívia Baeta


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