Trabalhadores são encontrados em condições análogas a escravidão

Trabalhadores são encontrados em condições análogas a escravidão

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Na última quarta-feira, dia 7 de dezembro, a Polícia Militar foi até a zona rural de Santana do Gambaréu, próximo a Barbacena. O Ministério do Trabalho de Juiz de Fora denunciou que havia a suspeita de pessoas estarem trabalhando em situação de vulnerabilidades análogas a escravidão na cidade.

No local foi feito contato com os trabalhadores que relataram não terem água potável, a alimentação fornecida é tão ruim que alguns não conseguem comer, além de terem que pagar pelo lanche fornecido pelo suposto patrão, ficando devendo o patrão pela alimentação de café da manhã e tarde. Relataram ainda que ficaram mais de 4 meses sem energia elétrica, que o alojamento abrigava cerca de 17 pessoas e que atualmente são 12 pessoas sem condições de salubridade não existindo sequer banheiro.

Contaram aos policiais ainda que são forçados a trabalhar em regime de produtividade extrapolando a carga horária estabelecida pela legislação vigente, além de não terem disponíveis materiais de EPI.

Disseram também que os pagamentos relativos ao trabalho não são feitos regularmente e que isso os impedem de ir para suas casas, pois não dispõem de recursos financeiros, uma vez que não recebem o valor acordado pelo trabalho. Perguntados sobre quem seria o responsável pelas suas contratações; relataram que é um cidadão, que os recrutaram em suas cidades e que ele vem na carvoaria de forma esporádica sem data definida; e que sabem que ele é de uma cidade chamada Martinho Campos/MG.

Perguntados não souberam repassar mais informações. As vítimas foram encaminhadas ao posto de saúde local onde foram atendidas pelo médico de plantão, e todas as fichas de atendimento seguem anexas a este registro, em um total de 12 fichas, sendo que também foram arquivadas naquela unidade de saúde.

Os menores foram entregues ao conselho tutelar local, que relatou que entrou em contato com os responsáveis legais, além de contato com o conselho tutelar das respectivas origens para que os menores regressem o quanto antes.

A guarnição acionou o serviço de assistência social do município, onde foram repassadas as informações necessárias, sendo ofertado aos trabalhadores, de imediato, hospedagem e alimentação digna, em um hotel da cidade, onde todos os envolvidos ficarão, segundo a assistência social, até o regresso para os seus respectivos lares. Os supostos autores, responsáveis por aliciar os trabalhadores, não foram localizados no local.


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