Seletividade Alimentar x Disfunção de Processamento Sensorial

Seletividade Alimentar x Disfunção de Processamento Sensorial

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É muito comum os pais percebem que seus filhos estão enfrentando dificuldade para alimentar. Essa dificuldade pode estar associada a seletividade alimentar e quase sempre está ligada a Disfunção de Processamento Sensorial (DPS). Sendo assim, muitas crianças tem essa limitação alimentar e seus pais por falta de informação profissional, não sabem que está associada a integração sensorial decorrente a disfunção do processamento sensorial (DPS). Podemos considerar que há uma série de fatores que influenciam na prática alimentar, dentre eles: as relações parentais, preferências pessoais, condições de saúde, fase de vida, hábitos familiares, contexto sócio-cultural e principalmente dificuldades em processar as sensações do seu próprio corpo e do ambiente, e que, devido a isto, apresentam seletividade a alimentos e muitas vezes recusam em alimentar-se.É necessário observar o comportamento da criança para analisar se existem outros dados de alteração no processamento sensorial. Por isso é importante uma avaliação criteriosa com um profissional especializado, nesse caso o terapeuta ocupacional com formação em Integração Sensorial. É importante os pais aprenderem a observar os dados relevantes do comportamento do seu filho e valorizar a integração dos sentidos nas ações cotidianas.Esta disfunção de origem neurológica pode afetar o desenvolvimento de muitas crianças prejudicando o desenvolvimento infantil, aprendizagem escolar e o social.É comum encontrar a disfunção do Processamento sensorial em bebês prematuros, crianças do espectro autista, com síndromes genéticas e naquelas onde ocorreu algum dano cerebral. Mas isso não garante que uma criança “típica” não possa apresentar essa disfunção. Havendo restrição alimentar provavelmente a criança se beneficiará com um programa de Terapia Ocupacional com abordagem na integração sensorial, além de outros profissionais que forem necessários de acordo com a história e comprometimento de criança. Nesse caso ele necessita de Terapia Ocupacional, Fonoaudióloga e Nutricionista.O trabalho em conjunto da Nutrição com a Terapia Ocupacional no tratamento e acompanhando das crianças com restrição alimentar é de grande valor e resultados importantes para seu desenvolvimento. Quando mais precoce essa intervenção melhores vão ser os resultados. Na minha experiência clínica tenho tido resultados importantes quando iniciada intervenção conjunta da terapia ocupacional com a nutricionista na Introdução Alimentar das crianças. É necessário tentar compreender as aversões e preferências de seu filho. Elas irão mostrar o caminho de se construir uma boa relação. Pergunte avaliação com um terapeuta ocupacional para seu filho. Leia sobre Integração Sensorial. Todo comportamento quer dizer algo sobre a pessoa. Entenda que a recusa alimentar em crianças não é birra. É impossibilidade em processar algum tipo de textura, volume, quantidade e/ou temperatura dos alimentos. Além disso, a percepção de saciedade também é uma habilidade de base sensorial e difere muito para cada criança. Nunca force a criança a aceitar algo aversivo a ela. Entenda que a modulação e a discriminação das sensações muitas vezes estão alteradas. O que para um pode ser um prazer para outros pode ser um terror. O quadro de Disfunção do Processamento Sensorial (DPS) pode se modificar mediante tratamento e pela adequação de hábitos no cotidiano.Então se sua criança apresenta alguma alteração em relação à essas questões de alimentação procure avaliação de um profissional especializado na área.


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