Culinária, história e cultura. Atualmente o patrimônio gastronômico tem-se mostrado cada vez mais atrativo refletindo na preservação da cultura local, identificação de um povo, e a possibilidade de conhecer os hábitos e seus costumes, além das várias formas de agregar valor aos produtos da comunidade.
A culinária é a arte de cozinhar e transformar esta arte em atrativo turístico é um dos objetivos do Programa Primórdios da Cozinha Mineira, que foi lançado, nesta terça-feira (19), pela Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão e Superintendência de Desenvolvimento Econômico.
Segundo Geordane Silva, Superintendente de Desenvolvimento Econômico, “o Programa tem como objetivo identificar os pratos da culinária congonhense que possuam importância histórica e cultural. A partir da identificação iniciaremos o processo de capacitação da cadeia produtiva local para desenvolver economicamente os pratos primordiais”, explica.
O programa que será executado pelo SENAC, tem como prioridade gastronômica o Pilar Quitandas, a ser desenvolvido para se tornar um produto atrativo turístico. Durante a apresentação foram detalhadas as seguintes fases do Programa.
- Fase investigativa e Ancoragem
- Fase de transformação do produto e preparação de mercado
- Fases de difusão local e expansão
Ainda de acordo com Geordane, “a fase investigativa irá levantar durante dois meses de pesquisa o que compõe o cardápio primordial da cidade de Congonhas. A partir dessa identificação serão realizadas várias capacitações junto a agricultores, donos de restaurantes, cozinheiras, quitandeiras e demais setor produtivo”, relata.
Programa Primórdios – SENAC
Entre os resultados do Programa Primórdios, destaca-se a recuperação do processo de fabricação do Queijo Minas Artesanal do Entre Serras e do Queijo Frei Rosário, curado em ambiente de caverna na Serra da Piedade; o resgate das curas especiais de queijo com base em vinagre balsâmico e óleos especiais; do Hidromel do Caraça e do açúcar purgado. Além disso, o Programa identificou para o trabalho de resgate 65 espécies de verduras, legumes e temperos, 18 frutas originárias da Mata Atlântica, além de recuperar técnicas para aromatização de pratos com flores e frutos regionais.
Esse resgate contribui para um crescimento da renda regional, aumento expressivo do número de produtores locais, crescimento do número de feiras livres, criação de eventos regionais com temáticas gastronômicas e o fortalecimento da gastronomia como diferencial turístico na região de atuação do programa.
Por Lílian Gonçalves – Comunicação – Prefeitura de Congonhas
Fotos: Izabella Vasconcelos
