Preço da carne vai sofrer alterações sem exportações do Brasil para China

Preço da carne vai sofrer alterações sem exportações do Brasil para China

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O Brasil registrou dois casos atípicos de “mal da vaca louca”. Com isso, as exportações da carne bovina para a China foram suspensas. Diante desse cenário, o preço da carne sofrerá mudanças, até mesmo no mercado interno.

Com o registro de casos de “mal da vaca louca”, há seis semanas estão suspensas as exportações de carne bovina para a China. Até o momento, não há expectativa de posicionamento oficial do governo chinês.

Diante desse cenário, o país já está sentindo os impactos no mercado interno afetando o preço da carne. Segundo Yago Travagini, analista de mercado da Agrifatto, isso pode acabar se estendendo para o mercado externo.

O analista explicou que antes da saída da China das exportações, o país caminhava para uma superação do volume de venda de carne bovina superior ao ano passado. Dessa maneira, a expectativa era que o mercado tivesse uma alta de até 4%.

Diante disso, era esperada uma alta na receita de até 20%. Porém, com o novo cenário, o número de exportações será bem menor do que foi previsto. Dessa maneira, o país deve ter uma queda de 8% a 10% nas exportações de carne bovina.

Além de afetar as exportações, a saída da China também interfere no preço da carne bovina. Segundo Travagini, a China é responsável por 60% das exportações brasileiras desse setor e de 15 a 20% da produção em 2021.

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Dessa maneira, a sua saída do mercado faz com que o preço da carne passe a ter como referência o mercado interno. A arroba estava sendo vendida por R$ 305 ou R$ 310, mas agora passou a ser de R$ 265 a R$ 270.

Ao todo, o prejuízo pode somar US$ 4 bilhões ao ano, cerca de R$ 21,8 bilhões. Os embarques para o país asiático foram interrompidos pelo Brasil no dia 4 de setembro. A decisão veio, após serem notificados casos suspeitos de vaca louca em Minas Gerais e Mato Grosso.

O Brasil agiu de forma transparente, atendendo a um protocolo sanitário firmado com a China, que prevê interrupção do comércio em caso de identificação da doença. Porém, a retomada da comercialização depende da China. Enquanto isso, o país teve a exportação cortada pela metade.


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