Padrasto e mãe de criança de 2 anos são indiciados por tentativa de homicídio

Padrasto e mãe de criança de 2 anos são indiciados por tentativa de homicídio

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Segundo a Polícia Civil de Betim, o rapaz de 23 anos, que encontra-se preso, teria tentado matar, torturado e agredido a menina várias vezes, por ciúmes da mãe dela, que também é acusada de omissão

Um ciúmes doentio é apontado pela Polícia Civil de Minas Gerais como a principal razão que teria levado um rapaz de 23 anos, conhecido como Alemão, a tentar assassinar de forma brutal a filha da companheira dele, uma menina de 2 anos e 2 meses. O crime aconteceu na noite do dia 26 de abril, no bairro Vila Universal, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. 

O padrasto foi indiciado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Betim, responsável pelas investigações, por tentativa de homicídio triplamente qualificado, por torturar a criança um dia antes de ele tentar matá-la e por lesões corporais anteriores cometidas por ele contra a menor.

Já a mãe da menina, que tem 23 anos, foi indiciada por tentativa de homicídio e por omissão. Segundo a polícia, no fim de 2020, ela já havia sido denunciada por maus-tratos ao Conselho Tutelar e também era investigada por omissão em relação às agressões sofridas pela menor. 

A mulher responde pelas acusações em liberdade. Já o padrasto da menina, preso no dia 30 de abril, depois de se apresentar na Delegacia de Mulheres, acompanhado pelo advogado e por familiares, encontra-se no sistema prisional, à disposição da Justiça.

O crime

Segundo apurado, a ação criminosa teria iniciado na madrugada do dia 25 de abril, quando a criança amanheceu com diversas lesões pelo corpo, como tufos de cabelos arrancados, mordidas nas nádegas, orelha queimada e machucados no rosto, no pescoço e nas costas.

A irmã da vítima, uma menina de 5 anos, chamou a mãe para mostrar a criança de 2 anos, que tremia de dor. Entretanto, conforme apontou as investigações, com receio de ser presa e acusada de maus-tratos, medo reforçado pelo próprio companheiro, a mulher não prestou socorro à filha e orientou que a babá cuidasse da criança com medicamento para dor. 

No dia 26, enquanto a mãe estava no trabalho, a babá contou que tentou ficar perto da criança o tempo todo durante o dia, já que o suspeito permaneceu na casa, o que não era de costume. Porém, à noite, ao preparar o jantar, a polícia apurou que o padrasto teria entrado no quarto em que a enteada dormia e a jogado no chão, o que foi presenciado pela irmã de 5 anos. Em seguida, a babá teria visto o investigado apertando a menina pelo pescoço e iniciado procedimentos de reanimação com agressividade.

O suspeito alegou que teria deixado a criança cair no chão ao colocá-la para dormir e teve receio de contar o que aconteceu. Entretanto, a babá atestou que a menina já estava dormindo e ainda fechou a porta para o indivíduo não entrar no quarto. A mãe também afirmou que ele não colocava as enteadas para dormir.

Agressões

Conforme a Polícia Civil, nos últimos meses, a criança apresentava marcas pelo corpo, mas as agressões eram atribuídas à irmã de 5 anos ou a quedas da cama. A vítima também demonstrava medo e desconforto quando estava perto do padrasto.

A mãe confirmou que tinha desconfiança sobre as agressões contra a filha, porém, não tinha certeza e não questionou o companheiro diretamente. Outros levantamentos feitos pela polícia apontaram ainda que o suspeito xingava as meninas constantemente com termos pejorativos e fazia uso de maconha em casa, na presença das crianças.

Denúncia

A Polícia Civil reforça a importância da denúncia sobre casos de violência doméstica e familiar, para que as medidas necessárias de proteção à vítima e de responsabilização do agressor sejam tomadas.

Os registros podem ser feitos na unidade policial mais próxima ou por meio do Disque 100, quando se tratar de fatos envolvendo crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. 

Quando o assunto estiver relacionado à violência contra a mulher, o contato deve ser feito por meio da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, por meior do 180.

Outra forma de registrar ocorrências do tipo, sem sair de casa, é pela DELEGACIA VIRTUAL, para os casos de ameaça, lesão corporal e vias de fato, além de descumprimento de medida protetiva. Por meio da plataforma digital, as vítimas ainda podem solicitar a medida protetiva enquanto estiverem fazendo o registro.

Fonte: O tempo


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