Ao todo, serão destinados R$ 36 milhões para ações em toda a cidade, que perdeu um casarão do século 19 na última semana.
Após ver parte da história destruída por um deslizamento de terra que jogou no chão um casarão histórico do século 19, Ouro Preto, na região Central do Estado, vai receber investimentos de R$ 36 milhões para a contenção de encostas. O anúncio aconteceu nesta terça-feira (18), durante encontro entre representantes da prefeitura e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. Um grupo de trabalho vai atuar em três frentes: segurança, salvaguarda e proteção.
A tragédia aconteceu na última semana e afetou totalmente a estrutura da tricentenária casa Solar Baeta Neves, um dos poucos exemplos da arquitetura colonial barroca e eclética que existia na cidade. “Em um segundo momento, vamos salvaguardar, sobretudo, o casarão que neste momento encontra-se em solo. É preciso fazer uma arqueologia da arquitetura, buscar os elementos que ainda sobreviveram a essa tragédia. Esse trabalho nos dará subsídios inclusive para a tomada de decisões do que se fazer depois”, disse o secretário da pasta, Leônidas Oliveira.
Além disso, o município vai receber ações de promoção como destino de patrimônio histórico, cultura e mineiridade. “Lançamos a ideia de fazer o 21 de abril com uma grande festa. E lembrando também que estamos no bicentenário da Independência, sendo Ouro Preto a terra da liberdade, onde esse movimento tomou a maior forma e está na nossa bandeira”, pontuou Leônidas.
Investimentos no patrimônio histórico
Com o objetivo de recuperar estruturas que fazem parte do rico patrimônio histórico do estado, o governo também anunciou o programa Restaura Minas, que vai investir R$ 118 milhões. De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, serão abertos dois editais: um reparos em telhados, calhas e pequenas pinturas de igrejas, casarões e capelas e o outro para empresas interessadas em investir na recuperação dos bens históricos através do abatimento no ICMS.
“Ainda teremos ações de restaurações em todos os museus que são da secretaria, como Museu de Guimarães Rosa (Cordisburgo), Guignard (Ouro Preto) e Afonso de Guimarães (Mariana) e também os da capital, que passarão por restaurações completas da sua estrutura”, acrescentou o secretário.
Além de Organizações da Sociedade Civil, podem participar dos editais associações voltadas para a área cultural. “São bens que não pertencem somente ao estado. E também é voltado para todas as cidades, não direcionado para um local específico, mas um projeto amplo de recuperação do patrimônio histórico em Minas Gerais”, explicou Leônidas.
Fonte Jornal O Tempo
