Governo de MG amplia benefícios, mas mantém proposta de reajuste de 10% para todos os servidores

Governo de MG amplia benefícios, mas mantém proposta de reajuste de 10% para todos os servidores

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Segundo Zema, proposta é o limite que o estado pode oferecer. Projeto de lei com o reajuste será enviado ainda nesta sexta-feira à Assembleia Legislativa.

O governo de Minas Gerais manteve a proposta de recomposição salarial de 10,06%, anunciada em fevereiro, para todos os servidores do estado. A novidade anunciada nesta sexta-feira (11) é a extensão do pagamento retroativo a janeiro, concedido inicialmente apenas à educação, aos trabalhadores da segurança e da saúde.

Além disso, o auxílio-fardamento, destinado às forças de segurança, será ampliado. Atualmente, o benefício é pago uma vez ao ano, no valor de R$ 1.800. A nova proposta prevê quatro depósitos, em fevereiro, maio, agosto e novembro, no total de R$ 8.000 anuais – a oferta inicial era de três parcelas.

    “Nesses últimos dias tivemos uma série de reuniões, fizemos um grande esforço para melhorarmos as propostas aos servidores públicos sem inviabilizar as contas do estado e descumprir a lei. Minas Gerais ainda tem um gasto com pessoal que excede o que a legislação permite, o que nos deixa restritos a concedermos um reajuste de apenas 10%, que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado”, afirmou o governador Romeu Zema (Novo).

Ele e os representantes das forças de segurança do estado concederam uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira para anunciar a proposta e pedir aos servidores que voltem a trabalhar normalmente.

Governador Romeu Zema (Novo) em coletiva de imprensa — Foto: Reprodução/TV Globo

Governador Romeu Zema (Novo) em coletiva de imprensa — Foto: Reprodução/TV Globo

Nos últimos dias, as categorias têm realizado protestos reivindicando recomposição salarial. A paralisação dos trabalhadores causou impactos como filas de carros no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran) e motins em presídios.

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, disse que é testemunha de que “o governo chegou ao limite”.

    “É importante que as tropas entendam, principalmente a Polícia Penal, que nós precisamos voltar a desenvolver, a progredir, isso estava acontecendo no nosso governo, nós paramos por causa da reivindicação, que inclusive é justa (…) A gente tem que reforçar que o sistema prisional como um todo deve voltar à sua regularidade, é importante que as tropas entendam dessa forma”, disse o secretário.

Segundo a secretária estadual de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, o substitutivo ao projeto de lei com a nova proposta será enviado ainda nesta sexta-feira à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Além disso, o estado vai enviar, também nesta sexta, a retirada do pedido de urgência para apreciação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), para que o projeto sobre a recomposição salarial dos servidores seja avaliado e votado.

    “Como nós não temos condição de dar mais de 10% (de reajuste), caso a Assembleia altere esse percentual, eu já deixo claro que será vetado”, afirmou Romeu Zema.

Relembre

Os servidores da segurança reivindicam recomposição salarial de 24%. Após o primeiro protesto da categoria, no dia 21 de fevereiro, Zema anunciou que iria reajustar em 10,06% os salários de todos os servidores do estado, ativos e inativos.

No entanto, a proposta não agradou os servidores, que voltaram a protestar na última quarta-feira (9). Eles lançaram bombas e fecharam o trânsito no Centro de Belo Horizonte, descumprindo determinação judicial.

Fonte Agência Minas


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