Gerente do parque aquático DiRoma e engenheiro da obra de um toboágua são indiciados pela morte de menino lafaietense David Lucas

Gerente do parque aquático DiRoma e engenheiro da obra de um toboágua são indiciados pela morte de menino lafaietense David Lucas

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‘Dor intensa’, diz tio um mês após morte de menino em parque aquático; gerente e engenheiro foram indiciados

Investigação foi concluída pela Polícia Civil nesta quarta-feira (16). Laudo da Polícia Técnico-Científica apontou que a criança teve múltiplas fraturas no corpo.

Após um mês da morte do mineiro Davi Lucas de Miranda, de 8 anos, que caiu de um brinquedo em um parque aquático, em Caldas Novas (GO), no dia 13 de fevereiro, a família do garotinho que mora em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais, ainda tenta encontrar forças para seguir a vida.

“Está sendo muito difícil para todos nós, sobretudo para a mãe. Ela ficava 24 horas com meu sobrinho em casa, ela está sentindo muito, tudo lembra ele, o quartinho ainda está do jeito que ele deixou, tudo no lugar, é uma dor intensa”, contou ao g1 Minas, o tio de Davi, o técnico em segurança do trabalho Giliard Júnior de Miranda.

A investigação da morte do menino foi concluída pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (16). O gerente do parque aquático DiRoma, em Caldas Novas, e o engenheiro da obra de um toboágua foram indiciados pela morte.

Segundo Giliard, até as 11h40, desta quarta, a família não havia sido oficialmente comunicada da conclusão do inquérito. Um laudo da Polícia Técnico-Científica apontou que a criança teve múltiplas fraturas nos ossos e hemorragia grave.

“Não fomos comunicados oficialmente da conclusão das investigações, nem os pais de Davi. Queremos que a verdade venha à tona, mas não posso comentar algo do qual não tenho conhecimento. Espero que essa fatalidade sirva de exemplo para outros clubes do Brasil aprenderem a sinalizar locais em manutenção”, disse ele.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar as defesas dos dois indiciados.

O clube DiRoma informou que irá se manifestar apenas em juízo.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Pereira, tanto o gerente, como o engenheiro civil, exerciam cargos de chefia e eram responsáveis pela obra do brinquedo. Eles foram indiciados por homicídio, e o engenheiro teve acréscimo de pena por descumprir normas técnicas da profissão.

“Eles concorreram culposamente para a morte da vítima, uma vez que no desempenho das funções de chefia, agiram com imperícia, negligência e imprudência, violando o dever de cuidado e dando causa ao acidente fatal”, disse delegado.

A Polícia Civil informou que os nomes dos indiciados não serão divulgados, bem como o que eles disseram em depoimento.

Acidente

O acidente aconteceu no dia 13 de fevereiro, por volta das 15h, em um toboágua chamado “Vulcão”. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ajudou no resgate da criança.

Segundo a Polícia Civil, o menino conseguiu entrar por uma área que não estava cercada por tapumes, subiu até a plataforma e entrou em um escorregador que estava desmontado. Ele caiu de altura aproximada de 14 metros.

Fonte G1


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