Filatelia em foco: Um selo uma história

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Bandeira do Povo Hispânico

Ano: 1933 – RHM C0058 – Data de Emissão: 18/08/1933

A Bandeira do Povo Hispânico (Bandera de la Raza Hispánica, no original em espanhol) é um pendão representativo de todos os países hispânicos das Américas, resultado de uma iniciativa promovida pela poetisa uruguaia Juana de Ibarbourou. Para isso, em 1932 organizou um concurso em que foram apresentadas diversas propostas para a Bandeira do Povo Hispânico. O concurso foi vencido por Ángel Camblor, capitão do Exército do Uruguai.  O lema que acompanha a bandeira é “Justiça, União, Paz e Felicidade”, valores que Ángel Camblor assinalou como representativo do povo hispânico. O branco simboliza a paz; o Sol oculto relembra o deus Inti, da mitologia incaica, como o despertar do continente americano; as três cruzes representam as caravelas com que Cristóvão Colombo descobriu a América (Santa Maria, Pinta e Niña). A cor púrpura das três cruzes refere-se à cor do leão da Coroa de Castela, local onde nasceu a língua espanhola. A Bandeira do Povo Hispânico foi hasteada pela primeira vez em 12 de outubro de 1932 e adotada oficialmente por todos os Estados da América como bandeira representativa no âmbito da VII Conferência Pan-Americana, que se reuniu em novembro de 1933 no Uruguai.

José Paulo Braida Lopes

UM SELO UMA HISTÓRIA

Martim Afonso de Souza

Ano: 1932 – RHM C0043 – Data de Emissão: 03/06/1932

Martim Afonso de Sousa nasceu entre 1490 e 1500, em Vila Viçosa, uma vila localizada no Distrito de Évora, em Portugal. Na juventude estudou Matemática, Cosmografia e Navegação. Ao subir ao trono, como D. João III, o soberano nomeou Martim Afonso, como o comando da expedição de 1530 ao território brasileiro. No dia 3 de dezembro de 1530, a expedição de Martim Afonso de Souza partiu para o Brasil com a tríplice missão: combater os traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes. No dia 30 de abril de 1531, Martim Afonso de Souza, depois de deixar alguns homens na costa de Pernambuco, navegou até a baía da Guanabara e seguiu em direção ao Rio da Prata. Voltou a subir a costa brasileira e em 22 de janeiro de 1532 fundou a primeira vila da América portuguesa: São Vicente, localizada no litoral paulista. Ali distribuiu lotes de terras aos novos habitantes, além de dar início à plantação de cana-de-açúcar. Montou o primeiro engenho da Colônia, o “Engenho do Governador”, situado no centro da ilha de São Vicente. Em 1533 retorna a Portugal e é nomeado o Capitão-Mor do Mar das Índias. No mesmo ano, foi-lhe atribuída a Capitania de São Vicente, onde se tornou seu donatário até o dia de sua morte. Em 21 de julho de 1571, Martim Afonso de Sousa faleceu na cidade de Lisboa.

José Paulo Braida Lopes

UM SELO UMA HISTÓRIA

São Pascoal Baylon

Ano: 1955 – RHM C0366 – Data de Emissão: 17/07/1955

São Pascoal Baylon nasceu na cidade de Torre Formosa, na Espanha, no dia 16 de maio de 1540. O dia de seu nascimento coincidiu com a festa de Pentecostes, chamada na Espanha “a Páscoa do Espírito Santo”, e por isso recebeu o nome de Pascoal. Pascoal trabalhou como pastor de ovelhas dos 7 aos 24 anos. Aprendeu a ler sozinho, como autodidata, através dos livros de oração. Em 2 de fevereiro de 1564, já com fama de santidade, pode vestir o hábito  franciscano e, no ano seguinte, fazer sua profissão religiosa no convento dos frades alcantarinos de Orito. Por causa de sua pouca instrução, os franciscanos lhe deram ofícios humildes. Foi porteiro, cozinheiro, mensageiro e auxiliar de serviços gerais. Caridoso e obediente às regras da Ordem fazia penitência constante, alimentando-se pouco e mantendo-se sempre em oração. Há uma coincidência curiosa na vida de Pascoal: o dia de seu nascimento, em 16 de maio de 1540, ocorreu no dia de Pentecostes e seu falecimento, – por fraqueza, provações, constantes jejuns e privações corporais, – em 17 de maio de 1592, também no dia de Pentecostes. Sua santidade foi confirmada por muitos milagres que espalharam sua fama por todo o mundo católico.  Vinte e seis anos depois, no dia 29 de outubro de 1618, era proclamado bem-aventurado (beato) por Paulo V e a 16 de outubro de 1690, canonizado por Alexandre VIII. Em 1897, o Papa Leão XIII o proclamava Padroeiro das Obras e dos Congressos Eucarísticos.

José Paulo Braida Lopes

UM SELO UMA HISTÓRIA

Tico-tico

Ano: 1994 – RHM 715 – Data de Emissão: 01/07/1994

O tico-tico, cujo nome científico é Zonotrichia capensis, é uma ave tão popular quanto o Pardal aqui no Brasil, sendo facilmente encontrado em áreas urbanas. Ele pode ser encontrado em uma grande variedade de habitats. Indo desde o extremo sudeste do México até a Terra do Fogo, evitando apenas florestas muito densas. O tico-tico tem canto melodioso e também emite uma vocalização durante a madrugada. O canto noturno é forte e prolongado e pode ser produzido durante o dia, em uma situação em que a ave se sentir ameaçada. Na região de Minas Gerais, acredita-se que o canto matinal do tico-tico seja uma melodia que diz “Bom dia, seu Chico”. Mede de 13,5cm a 15cm de comprimento. Tem um pequeno topete com desenho estriado na cabeça, um colar ferrugíneo e garganta branca. A sua alimentação é basicamente composta por sementes e grãos. O tico-tico possui uma característica muito peculiar durante a sua alimentação, onde normalmente dá “pulos”, sendo uma forma de retirar as folhas do chão para ter acesso aos alimentos do solo, fazendo este ritual, até mesmo, em locais lisos e limpos. Este pássaro ficou ainda mais famoso após o lançamento e enorme sucesso da música “Tico-tico no Fubá”, interpretado pela Carmen Miranda.

José Paulo Braida Lopes


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