Como lidar com o estresse nos ambientes de trabalho
Leandro de Paula

Como lidar com o estresse nos ambientes de trabalho

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O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão sobre os mais diversos comportamentos de estresse advindos do ambiente de trabalho, de uma maneira abrangente e comum nas organizações. A relação causa e efeito do estresse está cada vez mais presentes nas relações entre o individuo e organização de laboral.

Com um mercado empregador mais capitalista, as relações sociais dentro dos ambientes laborais se tornarão muito competitiva o estilo humano imposto pela modernidade social, faz com que as pessoas se exponham a determinadas condições de batalha constante para sobreviver, a necessidade financeira. As exigências impostas pelas organizações de trabalho, os padrões sociais e as constantes mudanças no mercado, são os protagonistas de comportamentos estressantes nos ambientes de organizacionais.

“O mundo hoje propicia-nos todas as condições para ficarmos sempre muito ativados. É a crise econômica, ameaçando-nos com o desemprego, com o rebaixamento salarial ou com a volta da inflação, consumindo nosso poder de compra. É desafio da competição, que exige cada vez mais, sob a ameaça de sermos substituídos ou passados para trás por aqueles que se atualizarem mais ou termos nossos empregos exportados.http://labs.icb.ufmg.br/lpf/4-196.html

A importância de se manter equilibrado em um ambiente que vive em constante desequilíbrio leva o individuo á diversas situações de estresse. O que resta é enfrentar a insatisfação, desmotivação e a necessidade de crescer em um ambiente limitado, onde o crescimento é fundamental para a sustentação do emprego. De outro lado, há um mercado capitalista preconceituoso, que favorece ambientes de trabalho hostis, induzindo os profissionais a praticar auto sabotagem pelos sentimentos de incompetência, isolamento, falta de reconhecimento e a insegurança para reagir.

“O mais difícil, no entanto é manter-se equilibrado num mundo cada vez mais desequilibrado. Como ser moderno, atualmente, diante das aspirações de crescimento individual, gozando dos privilégios do 1º Mundo, sem ser absorvido obsessivamente pelo trabalho, sobretudo em um país excludente e subdesenvolvido, que fecha as portas do futuro para os brasileiros, que são menos esclarecidos e ausentes do aperfeiçoamento científico e tecnológico?” http://labs.icb.ufmg.br/lpf/4-196.html

“Finalmente, as mais altas excitações implantam uma reação mais forte ainda no organismo, podendo levar-nos ao limite de nossas possibilidades, começando o colapso interno. Os órgãos começam a falhar, pois ficam exaustos, atingindo-nos com desespero e abandono pela impotência de agir.” http://labs.icb.ufmg.br/lpf/4-196.html

Concluo que diante das diversas situações e condições de estresse no trabalho, a Psicanálise, se torna uma porta de saída na busca por uma relação equilibrada quando se trata do contexto desejo e gozo nas relações de trabalho. Fundamento meu ponto de vista nas citações abaixo:

“Em “O Mal-Estar na Civilização” Freud irá defender a busca da felicidade como sendo o propósito básico da vida humana”.

“Após constatar a dificuldade da tarefa e como o homem tem-se mostrado incapaz de responder satisfatoriamente a essa questão, pelo menos sem recorrer à religião, em cuja solução não acreditava, Freud observa que, pelo comportamento humano, pode-se considerar que os homens “querem ser felizes e assim permanecer”.http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200010#10

“De nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens. O sofrimento que provém dessa última fonte talvez nos seja mais penoso do que qualquer outro”.

FREUD, S. O mal-estar na civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1969, v.XXI, p.65-148.

“Nesse ponto, Freud faz uma referência sobre a importância do trabalho e sua relação com a busca da felicidade que, em minha opinião, merece bastante atenção:

“Nenhuma outra técnica para a conduta da vida prende o indivíduo tão firmemente à realidade quanto à ênfase concedida ao trabalho, pois este, pelo menos, fornece-lhe um lugar seguro numa parte da realidade, na comunidade humana. A possibilidade que essa técnica oferece de deslocar uma grande quantidade de componentes libidinais sejam eles narcísicos agressivos ou mesmo eróticos, para o trabalho profissional, e para os relacionamentos a eles vinculados, empresta-lhes um valor que de maneira alguma está em segundo plano quanto ao de que goza como algo indispensável à preservação e justificação da existência em sociedade. A atividade profissional constitui fonte de satisfação especial, se for livremente escolhida, isto é, se, por meio de sublimação, tornar possível o uso de inclinações existentes, de impulsos persistentes ou constitucionalmente reforçados. No entanto, como caminho para felicidade, o trabalho não é muito prezado pelos homens. Não se esforçam em relação a ele como o fazem em relação a outras possibilidades de satisfação. A grande maioria das pessoas trabalha sob a pressão da necessidade, e essa natural aversão humana ao trabalho suscita problemas sociais extremamente difíceis”. FREUD, S. O mal-estar na civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1969.”

“Assim, a busca do prazer no trabalho e o afastamento do desprazer constituem um desejo permanente para o sujeito trabalhador, infelizmente, na maioria das vezes, as exigências contidas na organização do trabalho só oferecem condições contrárias a este propósito, gerando desprazer e sofrimento, com sintomas específicos, transformando o trabalho em necessidade de sobrevivência, no lugar de fonte sublimatória de prazer.” https://www.ururau.com.br/colunas/coluna-do-psicanalista/o-mal-estar-na-civilizacao/19274/

“Em suma, a psicanálise pode apontar novas possibilidades e estratégias às pessoas e permitir um novo posicionamento – menos passivo – perante uma realidade dominada pelo discurso do capital e pelo declínio dos valores sociais. Ou seja, existe um importante espaço de atuação para a psicanálise, seja no âmbito da clínica, seja em sua extensão. Torna-se necessário, no entanto, observar que o discurso do capital tem uma enorme capacidade de “digerir” os discursos diferentes do seu, incorporando-os já numa versão “bem comportada” e rentável. Assim, o desafio que se coloca à psicanálise é apresentar-se como um discurso alternativo, subversivo em relação ao discurso do capital, e fiel aos seus princípios e à sua própria ética.” http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200010#9

Leandro de Paula

Graduado em Gestão Ambiental / Técnico de Segurança do Trabalho

Analista comportamental e Palestrante – Whatsapp (31) 9.9646-3825

Bibliografia:

http://labs.icb.ufmg.br/lpf/4-196.html;
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200010#10;

FREUD, S. O mal-estar na civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1969.”

https://www.ururau.com.br/colunas/coluna-do-psicanalista/o-mal-estar-na-civilizacao/19274/;
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200010#9;

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