Com irregularidades, Asilo Dr. Carlos Romeiro deverá fechar as portas definitivamente

Com irregularidades, Asilo Dr. Carlos Romeiro deverá fechar as portas definitivamente

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Nas últimas horas aumentou a preocupação sobre o possível fechamento definitivo do Asilo do Dr. Carlos Romero – Obra Unidade da Sociedade São Vicente de Paulo de Conselheiro Lafaiete. O Conselho Nacional do Brasil que está vinculado estatuariamente à todas as unidades vicentinas do país, apurou denúncias de irregularidades na instituição de longa permanência de idosos. Em carta com data desta quarta-feira, 14/12, assinada pelo interventor do asilo, César Custódio da Silva é relatado que em meados do 2021, chegaram até o Conselho Nacional do Brasil, situações de irregularidades no Asilo Dr. Carlos Romeiro, consideradas inadmissíveis ao carisma da Sociedade São Vicente de Paulo. No documento que é direcionado a população de Conselheiro Lafaiete e a autoridades do município, aponta que a diretoria estava irregular e incompleta por falta de membros da Sociedade São Vicente de Paulo. Também é relatado a falta de atuação do Conselho Fiscal e de órgãos fiscalizadores para coibir as irregularidades praticadas contra funcionários e internos.

Na carta também é relatado a ausência de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), alvará de funcionamento da Prefeitura e da Vigilância Sanitária, ambos vencidos. O asilo não está recebendo recursos financeiros do poder público municipal. Não há parceira com o poder público.

Outra situação apurada é que a Obra Unida da Sociedade São Vicente de Paulo tem pendência financeira com fornecedores e prestadores de serviços que somam mais de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e déficit mensal em torno de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Também háprofissionais prestando serviço sem vínculo trabalhista e quartos no asilo com 10 pessoas alojadas, quantidade acima do ideal.   

Ainda na carta é relatado que a constatação de medicamentos vencidos na dispensa e itens de higiene pessoal são de uso coletivo. Já a higiene bucal é feita apenas uma vez na semana e roupas não são separadas e acabam sendo compartilhadas, incluindo peças íntimas. As paredes da sede do asilo estão com infiltração e umidade, além de produtos inflamáveis armazenados nos quartos dos idosos.

Fechamento e transferência de idosos

Diante das denúncias recebidas, o Conselho Nacional determinou um trabalho de apuração e fiscalização dos fatos e a intervenção administrativa para tentar reverter a situação, porém ficou claro que o município não consegue realizar uma gestão eficiente. Com isso, a solução encontrada foi fechar as portas para resguardar os idosos e propiciar aos acolhidos uma moradia em condições humanas e dignas. Com o fechamento do asilo, os idosos não ficarão desamparados. De acordo com o documento, eles serão transferidos para outras instituições ou retornarão para suas famílias.

Fonte Lafayete Agora


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